terça-feira, 21 de outubro de 2008

Estou a escutar o Rammstein e enquanto isso...


Vou deixando o bichinho da criação a roer e criar, quem sabe o que vai dar...

Springer!!

Olho e procuro,
Pelos cantos os encantos
Que um dia esvaíram pelas mãos afora,
Da mulher que abandonada,
Foi deixada a própria sorte,
Encerrada em um castelo,
Onde as portas fechadas,
Foram lacradas para todo o sempre.

Esquecida na sua dor,
Amargurada pelo o seu amor,
Ela já não sabe,
Mas quem é ela ou quem é ele.
Nem tem mais noção do que se é ou do que se foi.

Tendo apenas como companhia,
A sua fiel sombra,
Que presa na parede observa passivamente,
A damisela sendo destruída lentamente em sua dor,
Perdida em suas lembranças,
As lágrimas rolam pela face,
Solo abaixo,
Molhando as primaveras que enroladas nas colunas,
Saem, descem e ganham o mundo,
Fazendo a festa da natureza.

A mia senhor,
Desoladamente continua em sua janela,
Que encostada nela,
Ver a vida passar,
Sem no entanto,
Ter o homem amado
Que perdido entre o passado e o futuro,
Ela já não tem mais o poder,
De trazê-lo e desfrutá-lo em seus braços,
Pois banida da aldeia ela foi.

Morrendo de amor agoniza lentamente,
Esvaída pelos desejos,
Que aquecem a sua pele e revolve o seu âmago,
Ela sente o vento acaricia-la,
Como o amante querido e saudoso,
Que retorna da longa jornada.

E num último ato de desespero,
Ela concentra-se e
Lança um encantamento
Onde se esvai e mistura-se lentamente pela brisa,
Em busca da liberdade perdida.

Feito vento,
A sussurar e balançar as flores que foram,
Testemunha do amor que perdeu-se nas brumas do tempo.



By Mônica

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