domingo, 18 de outubro de 2009

A fábrica está aberta!


Entre um poema e uma tela, tudo isso regado ao som do Rammstein, nasceu a ideia de mais uma crônica:

A Viagem.

No interior do box, embaixo do chuveiro a mulher se balança entregue na flacidez da embriaguez, na moleza que lhe envolve o corpo, esquecida do cansaço, da dor, da insegurança e do amargor, sentimentos companheiros fiéis de sua jornada.
Se sente livre das algemas, se permitindo voar e sonhar,ao som da voz que lhe promete mil promessas de prazeres jamais sonhadas ou realizadas.
No langor do corpo a sensualidade se faz presente, mãos diligentes acariciam e lhe mimam, tirando todo o cansaço e a desilusão de toda uma existência. Já não existe mais o medo, apenas o desconhecido que lhe acena, atraindo-a aos seus braços.
Esquecendo a prudência, ela se joga nos turbilhões de sentimentos que lhe engolfa e parte, riscando os céus em busca do ser.
De encontro ao sol, Deus Apolo, se afoga no calor bendito que lhe envolve e traz todos os sentimentos a tona, procurando as respostas para suas indagações, encontrando na paz a certeza de achar finalmente o seu rumo.
E nos braços da morte, Deus Hades, encontra o seu amado mais querido e certo, porque é a única certeza do se estar vivo.Presa em teus braços, beija os teus lábios gélidos encontrando finalmente ao ser amado.
No orgasmo frígido, sente a fálica foice lhe penetrar, quebrando as barreiras terrenas que lhe prende no mundo terreno e finalmente junto do ser a qual procurou por tanto tempo.
Selando a sua sorte com o seu sacrifício de amor banhado de sangue.

By: Mônica Vasconcelos.

Nenhum comentário: